SIZANDRO

A Câmara Municipal de Torres Vedras pretende criar a marca "Torres Vedras" para promover as actividades económicas e o próprio concelho...ou seja, tentar vender a marca como se fosse uma coisa boa. O Sizandro, sempre voluntarioso, apresenta de seguida algumas ideias para cartazes de promoção, produtos típicos e diverso merchandising com os símbolos e as potencialidades do concelho.

Até este homem ficou admirado como conseguiu ganhar as eleições sem dizer uma palavra... bastou-lhe abrir a boca

Uma das mais extraordinárias promessas alguma vez feitas em véspera de eleições ( e foi mesmo na véspera, mas apenas por coincidência claro) ... foi a construção da 2.ª fase da Avenida Poente de Torres Vedras.
O empreendimento, orçado em 2.316.556, 65 Euros, está a ser levado a cabo pela empresa “Constradas SA” desde a véspera das autárquicas e, de acordo com a autarquia, deverá estar concluído em Setembro do próximo ano.
Um ano ? É ousadia ... seria uma coisa nunca vista.
Cá vamos estar para conferir esta e muitas outras promessas eleitorais do PS.
Para que conste, resumimos aqui algumas das outras promessa eleitorais de Carlos Miguel no seu manifesto para este mandato e com o qual ganhou as eleições.
Daqui a uns tempos vamos conferir. Aqui fica o registo para a posteridade:

EIXOS ESTRATÉGICOS TORRES VEDRAS - 2006 / 2009
Principais Linhas de Acção e Medidas (Resumo)

Implementar plano de salvaguarda do centro histórico
Reabilitação de espaços públicos do centro histórico de Torres Vedras
Execução de ciclovias nas margens do Sizandro e Alcabrichel
Tratamento dos esgotos do concelho (80% no final do mandato)
Valorização dos espaços públicos em todo o concelho
Zonas de lazer em todas as freguesias
Novos estabelecimentos de ensino
Construção do Parque Aventura, em Santa Cruz
Constituir uma rede de percursos pedonais no concelho
Criação do centro de artes do Carnaval
Criação do centro interpretativo das linhas de torres
Criação da marca “Torres Vedras”
Ordenar o trânsito na cidade, vilas e aldeias
Criar parques de estacionamento subterrâneos
Criar circuito de transportes urbanos municipais
Novo Mercado Municipal
Piscinas Municipais
Requalificação do centro urbano de Santa Cruz
Requalificação do Choupal e áreas envolventes
Requalificação do Castelo
Concluir Plano de Urbanização de Torres Vedras
Concluir Plano de Urbanização de Santa Cruz
Implementação do PDM
Iniciar o processo de classificação de áreas protegidas na Serra do Socorro e Escarpas da Maceira
Dinamizar a criação do I Parque Hortícola da Península Ibérica
Criação do Espaço de Criação Artística no ex-edifício da PSP

Em: www.carlosmiguel.net

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SIZANDRO

Já li todas as notícias que encontrei sobre o galardão ECO XXI que a Câmara de Torres Vedras recebeu e não consegui encontrar quais as razões dessa atribuição. O máximo que consegui ler na imprensa foi que Torres ganhou porque: “o município torriense está a adoptar medidas conducentes à sustentabilidade, com especial empenho na promoção da educação ambiental” citei.
Ora... vai daí fiquei confuso! Que medidas serão essas?
Os critérios para o galardão são:
- promoção da educação ambiental (que eu saiba são as associações locais que o fazem);
- aplicação do programa eco-escolas (que eu saiba são as escolas);
- qualidade da água para consumo humano (pagamos a peso de ouro água de qualidade que vem de fora);
- valorização dos resíduos (nós é que separamos o lixo e a autarquia mando para fora);
- funcionamento das instituições (sem comentários);
- conservação da natureza (uuuuui - veja-se os Cucos, as arribas, serras etc..);
- qualidade do ar (alguém mediu?);
- protecção da floresta contra incêndios (floresta??? só se foram contados os eucaliptos e o ordenado que a CM paga ao Fernando Barão);
- mapas de ruído (deve haver muitos deve...);
- mobilidade sustentável (outra anedota);
- agricultura biológica (muito desenvolvida e apoiada.. mas em estufa);
- turismo sustentável (lololol);
Daqui concluo que o galardão é dado a todo o município e não à autarquia.
As actividades da Câmara mais próximas de terem um âmbito ambiental foram os relvados sintéticos e a pista de gelo... e há também uns parques de merendas e banquinhos e pedra com pérgolas espalhados por aí. São ridículos, à beira da estrada para o pessoal gramar com o cheiro dos carros em cima. Ou pior, à beira dos rios malcheirosos... É óbvio que são verdadeiros engodos para tapar os olhos, sem utilidade, e só para gastar mais uns dinheiros. O mais giro é o de Vila Facaia... com o cheiro a frango podre dos Valouros. Estou mesmo a ver o Zé e a Maria a estarem ali no cruzamento para Campelos a merendar...
Ambiental … ambiental… só se estiverem a falar na Foz do Sizandro e nas entrevistas que o vereador Carlos Bernardes deu com grande gabarito sobre as causas dos milhares de peixes mortos..., que afinal era mentira. Mas não acredito que o prémio seja dado a pessoas pela sua capacidade de falarem sem perceber o que estão a dizer.

Feita a reflexão, deixo então aqui a questão:
Num concelho onde estão por despoluir os rios Sizandro e Alcabrichel; onde as suiniculturas e agro-pecuárias fedem por todo o lado; onde as indústrias poluem que se fartam e algumas estão dentro de povoações como cerâmicas e fundições; onde o estacionamento e o trânsito são um caos; onde as sucatas estão por todo o lado; onde as arribas e as dunas são pistas e estacionamentos; onde o planeamento urbano anda ao sabor dos interesse económicos sem haver planos de ordenamento; onde nem todos os efluentes urbanos são tratados e sem falar nos industriais; onde não há zonas pedonais ou ciclovias; .... o Carlos Bernardes ri de quê??

Lemos no Badaladas que os autarcas torrienses estão muito preocupados porque o número de processos de loteamentos entrados na Câmara nos últimos meses é zero.
Mostram-se mesmo abalados, pois consideram que “o desenvolvimento do concelho está, em grande parte, ligado à construção civil”.
Disso nunca tivemos dúvidas. E até há uns que se têm “desenvolvido" mais que outros.
Resta saber agora é se há vida para além do tijolo...
Mas o que se terá passado? Perguntamos nós!
O jornal não foi indagar mais, especialmente junto dos construtores, e ficámos sem saber se é só da crise, ou se há outras razões. É aliás o bom jornalismo sempre em forma, a ir ao fundo das questões.
Como não dizem o porquê, nós podemos especular à vontade e vamos fazer um inquérito aos leitores do Sizandro:

Porque acha que não entram processos de loteamentos na Câmara?

1- Porque os construtores gastaram a massa toda na campanha do PS e agora têm de fazer uma pausa.
2- Porque as regras de preservação do ambiente, urbanismo e qualidade de vida impostas pela Câmara são tão rigorosas, que tiveram de ir construir para outros lados.
3- Porque a aprovação por parte dos serviços da autarquia é tão rápida que os construtores têm a cabeça à roda.
4- Porque o ano passado não conseguiram trocar de Mercedes.
5- Porque a gripe das aves afectou os patos bravos.
6- Outros... (especifique).