terça-feira, agosto 29, 2006

Igualdade de oportunidades na Educação cada vez mais longe

Era só para lembrar que a média de preços dos manuais escolares para o segundo e terceiro ciclos do ensino básico se situa entre os 250 e os 300 Euros. E estou só a falar dos manuais. Acresce a esta “pequena despesa” o material escolar corrente, o material específico para as disciplinas tecnológicas e expressivas, o equipamento de educação física e uma mochila. Assim, por cada aluno as famílias terão que ter pelo menos 500 Euros (100 contos) disponíveis já este mês. Uma soma que é superior ao rendimento mensal de um número brutal de famílias portuguesas. Agora imaginem ter dois filhos.... ou três. Não contamos aqui com os custos dos ATL e das explicações, porque isso está de fora de questão para muitas famílias.
O lobby das editoras de manuais deve ser enfrentado com coragem. Professores e Estado curvam-se perante esta verdadeira praga, sem contabilizar os custos que isso representa para as famílias e também para o ensino, pois dar aulas pelo manual é a mais pobre estratégia pedagógica de sempre. Nem conseguem que as escolas mantenham os mesmos livros por dois ou três anos. Todos os anos mudam. E não me venham com aquela ideia deprimente da troca de manuais escolares para os "pobrezinhos". Isso só de alguém demente. Os desgraçados dos putos sem recursos têm que estimar os livrinhos e depois entregar no fim do ano para receber outros também em segunda mão, enquanto os outros podem ficar com os livros em casa e usá-los ao longo da vida escolar. Que ideia deprimente. É necessário que o Estado promova a verdadeira igualdade de oportunidades e isso começa logo no acesso a uma escola de qualidade com os apoios e os serviços acessíveis a TODOS.
Depois não se queixem que as famílias não têm filhos e que há muito abandono escolar. Porque será?
Porque continuamos a viver num país onde compensa não constituir família, compensa não apostar em educação e cultura, compensa não pagar os impostos e não cumprir as obrigações de cidadania.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Oposição na autarquia de Torres Vedras alinha numa peladinha

Lê-se no Badaladas desta semana uma das novidades da reunião do executivo camarário torriense, acerca da continuação da construção de mais relvados sintéticos no concelho. Vão ser arrelvados mais três campos este ano e quatro para o ano 2007. Cada relvado custará 50 mil contos e são 12 no total, o que significa que iremos pagar 600 mil contos para o futebol.
A sempre atenta e acutilante oposição levantou-se e esgrimiu revoltada: “Caetano Dinis, vereador do CDU, levantou dúvidas quanto aos critérios que estiveram na base da elencagem dos campos contemplados”. Ao que o presidente Carlos Miguel, já a tremer de medo respondeu: “que um dos principais pontos tidos em linha de conta continua a ser a aposta dos clubes na área da formação desportiva”. (leia-se futebol)
Não contente, a oposição continuou ao ataque, desta vez Luís Sousa Lopes, vereador do PSD, “lamentou ainda o atraso do projecto, uma vez que as previsões iniciais apontavam para a conclusão dos arrelvamentos ainda este ano”.
Ficámos todos muito contentes por ver a nossa oposição tão dinâmica e acutilante, na crítica e na defesa dos interesses do concelho. Felizmente que temos oposição, porque se assim não fosse, o PS fazia o que queria.

Eu já nem sei o que é pior, se é ver gastar dinheiro mal gasto, quando tantas coisas mais importantes estão por fazer (como por exemplo nas escolas do 1º CEB), ou se é perceber que a oposição embarca nesta demagogia barata em vez de fazer o que lhe compete.

quinta-feira, agosto 24, 2006

SONDAGEM 1: Símbolo de Torres Vedras é Prédio Cor-de-Rosa


Depois de uma votação muito participada e renhida, os leitores do Sizandro elegeram o “Prédio Cor-de-Rosa” como o símbolo de Torres Vedras, tendo-se transformado no novo ex-líbris da cidade. Deixou o “Pastel de Feijão para trás, após grande combate, mas o povo é quem manda. “Maria Cachucha” foi relegada para terceiro lugar, seguida do “Rio Sizandro”, destronado dos seus tempos de glória.
Após esta votação, será elaborado um documento para a Assembleia Municipal de Torres Vedras solicitando que a marca “Torres Vedras” tenha a imagem do Prédio associada, para torrienses e estrangeiros poderem reconhecer de imediato em qualquer lugar esta denominação. Trata-se, sem dúvida de um símbolo da cultura e das gentes torrienses, representando o que de melhor esta cidade tem para oferecer.
Agradecemos a todos os votantes. O sucesso desta primeira sondagem levou-nos já a lançar um segundo estudo de opinião sobre o PDM, que, estamos certos, terá também enorme adesão.

NOTA: Esta sondagem teve como universo os leitores do Sizandro que quiseram votar e que clicaram nas bolinhas do coiso da sondagem nestes últimos seis meses. Devem todos ter telefone (pelo menos têm internet e pagam a assinatura à Telecom como qualquer vulgar otário). Residem no Continente, nas Ilhas ou mesmo em sítios longe pois há aqueles que têm Internet sem fios. Uns são homens, outros mulheres e outros são alegres cidadãos (não temos nada a ver com a vida das pessoas), com idades desde os mais novos aos velhos como a Maria Cachucha. A margem de erro é bué grande e o grau de fiabilidade é discutível para alguns teóricos mal intencionados.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Vergonhosa falta de condições nas Escolas de 1ºCEB de Torres Vedras

No início do ano lectivo 2006/2007, volta a equacionar-se nas escolas de primeiro ciclo da cidade de Torres Vedras o velho problema da sobrelotação.É uma situação recorrente que tem um custo brutal para centenas de famílias e para o desenvolvimento das próprias crianças.O facto das escolas não terem espaço físico, leva a que as turmas funcionem em regime de desdobramento (metade de manhã e metade de tarde), para rentabilizar cada sala com duas turmas. Isto leva a que todas as salas estejam ocupadas, impedindo a realização de actividades de complemento lectivo, de apoio ao estudo e outras. As famílias são obrigadas a recorrer a ATL que estão igualmente lotados e que representam um custo financeiro considerável.Este ano dá-se o caso de 25 alunos que completam a idade escolar após 15 de Setembro, ficarem de fora da escola da Conquinha. Uma situação legal, mas contrária à vontade das famílias e, em muitos casos, ao bom desenvolvimento das crianças.Acresce o facto da falta de condições físicas das duas escolas para criar espaços dignos de aprendizagem que não se confinem à sala de aula, nomeadamente centros de recursos, informática, expressões, apoio educativo, actividades extra-curriculares, gabinetes para docentes e técnicos... etc.. etc...Chegámos a esta situação de evidente e previsível falta de qualidade na oferta. E de quem é a responsabilidade? Muito concretamente do executivo camarário. Nunca se percebeu porque o crescimento populacional de Torres Vedras sempre foi devidamente previsto e fundamentado em estudos como o PDM e outros, mas nunca se tenham daí tirado as devidas elações na criação das respectivas estruturas de ensino.A incompetência dos sucessivos responsáveis da pasta da educação (sempre a cargo do PS) na autarquia torriense, originou esta situação de completo desrespeito pelas famílias, alunos e professores.Trata-se de uma situação com implicações graves no desenvolvimento futuro do concelho e das próximas gerações e que demonstra bem a falta de capacidade de gestão que esta autarquia tem demonstrado na área da educação.Como consequência proliferam escola privadas, que vão ao encontro das necessidades das famílias, porque as entidades oficiais falham a sua missão.E pelo andar da carruagem vamos ainda ter de esperar muito por centros educativos condignos na cidade de Torres Vedras.Com a perspectiva de um último Quadro comunitário de Apoio, Torres Vedras não pode deixar passar mais esta oportunidade. A carta educativa de Torres Vedras não pode ser mais um elefante branco em termos de planeamento sob pena de continuar por muitos e bons anos esta situação de vergonhosa falta de condições de ensino na cidade de Torres Vedras. Esperamos pois, que a ampliação do 1º ciclo no Agrupamento Padre Francisco Soares, criando a EBI P.F.Soares, bem como a construção de raiz de uma nova EB1/JI de Torres Vedras Sul, passem do papel. Mas a primeira deveria começar em 2005/2006 e a segunda está prevista para 2006/2007. Estes dois investimentos somam-se a outros de vulto, como a construção de raiz de uma nova EB 12/JI do Litoral em Silveira já em 2005/2006, entre muitos outros investimentos previstos até 2007. E isto seria só uma primeira fase.Como não vejo obras a avançar, temo que ainda passem muitos e bons anos até se conseguir recuperar o atraso de pelo menos uma década de desinvestimento nas estruturas educativas da cidade de Torres Vedras e seu concelho, ao nível do 1º Ciclo, que são de responsabilidade camarária.

>> Clicar na imagem para ver quadro das prioridades da Carta Educativa

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