quarta-feira, dezembro 21, 2005

Dia do Político: Neste Natal adopte um

O Sizandro decidiu levar a cabo o “Dia do Político”. É muito triste verificar tantos políticos abandonados, especialmente no período pós-eleitoral, quando já não são precisos, ou começam a ser um fardo para os seus donos. Ficam à fome, ao frio e a vaguear por ruas e vielas.Seja humano, não deixe o seu político ao abandono.
Todos os Sábados no Choupal, os torrienses podem adoptar o seu político de companhia. Com a vantagem de já estarem vacinados contra o PS e outras viroses.

sábado, dezembro 17, 2005

Revista à portuguesa: “Deixa arder que o meu pai é Bombeiro”, encenada pela companhia Leandro e Severino

Qual Saramago ou Lobo Antunes... não há leitura melhor do que a realidade pura e dura. Ler as actas da Câmara é muito melhor do que ficção ... é a pura realidade muito para além daquilo que a mente humana posso sequer imaginar.
Veja-se esta pérola da história recente torriense sobre a situação dos Bombeiros em 2003. Será que se mantém?
Transcrição das declarações do conhecido cidadão torriense Joaquim Severino em Sessão de Câmara Municipal de Torres Vedras – acta de 26/08/03

“O corpo de Torres Vedras está a ser gerido de uma forma medieval. Diz que um indivíduo tem que fazer uns tantos favores ao comandante se quer lá trabalhar e, depois, tem umas benesses muito grandes dentro do corpo de Bombeiros. O Estado julga que meteu 10 homens a trabalhar num grupo de 1.ª intervenção mas, desses 10, 5 já cá estavam, ou seja está-se a rentabilizar os homens que a Câmara financia ao longo do ano. Um é o filho do comandante que tem 15 anos, o outro é filho do comandante, que tem 17 anos, outro é filho do adjunto, que tem 17 anos também. Diz que se calhar por isso é que o Sr. Comandante se recusou a mandar meios para outros lados porque sabia que na 1.ª linha iriam os filhos dele e se calhar não tinham preparação para enfrentar aqueles incêndios.
Afirmou ainda que o Presidente da Direcção está conivente com o Comandante dos Bombeiros porque tem um bombeiro profissional que é seu sobrinho direito, tem uma empregada que entrou lá para a Contabilidade que é sua sobrinha direita
O Comandante dos Bombeiros é um funcionário político desta Câmara, é o Secretário do Sr. Presidente da Câmara, da Protecção Civil, e nunca lhe constou que ele assinasse uma hora de ponto, tivesse um gabinete ou tivesse ido fazer à Câmara qualquer coisa de útil para a Protecção Civil. Apelou ao Sr. Presidente que ponha a mão na consciência, pois sabe precisamente que isto é verdade. Disse ainda que não se pode continuar a permitir esta bandalheira”.


Na resposta o então Presidente da Câmara, Jacinto Leadro, diz que não pode fazer nada porque os Bombeiros não são da Câmara, mas depois, vai-se a ver, afinal a Câmara é que entra com o carcanhol...

O Sr. Presidente usou da palavra (...) em relação à questão, concreta do Comandante dos Bombeiros funcionário desta Câmara há perto de 20 anos, referiu que o que houve foi uma tentativa de o requalificar enquanto membro ligado à Protecção Civil e de lhe pagar minimamente um ordenado, que pensa ser compatível com aquilo que ele faz. (...) não tem dúvidas sobre a dedicação e, independentemente de todos os atributos que possam arranjar ou não, não põe em causa a dedicação do comandante dos Bombeiros à causa dos Bombeiros e o tempo que ele perde e gasta, e, portanto, nunca houve nenhum controlo nem tem que haver e da sua parte não haverá, enquanto for Presidente de Câmara, nenhum controlo para saber o que o comandante dos bombeiros está a fazer. Tem a certeza que, em termos da dedicação, ela existe e ele está, não 12 mas, está 18 horas ou 20 horas ao serviço, e é esse o seu estatuto. Ele é um funcionário da Câmara, e só enquanto funcionário da Câmara é que todo e qualquer comandante dos bombeiros pode ter a dedicação que tem porque se fosse funcionário de uma outra empresa privada ninguém o podia ter com aquele estatuto, e, por isso é que a Câmara, para além de dar cerca de 40 mil contos por ano aos Bombeiros, lhes paga a água, os seguros. Ainda paga ao comandante dos Bombeiros, e paga à primeira intervenção. Por isso afirma que na prática são Bombeiros municipais sem o serem”.


Vamos lá ver se eu percebi. A Câmara entra com a massa, mas não pode intervir nos Bombeiros. O Comandante é um funcionário (fictício) da autarquia, mas a autarquia não pode fiscalizar o que ele faz, embora lhe pague um ordenado, mas para ele trabalhar nos Bombeiros, onde a Autarquia diz não poder actuar... pelos vistos só pode mesmo é pagar.
Mas que rico negócio... e não há um lugarzinho para mais um primo?

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Manual de gestão autárquica: Como gastar duas vezes dinheiro na mesma coisa e ainda ter uns trocos para cachecóis

Numa altura em que as escolas do primeiro ciclo do concelho de Torres Vedras não têm um tostão para aquecedores (e mesmo que tivessem, os quadros eléctricos não aguentavam), com os alunos a tiritar de frio... eis que a autarquia avança com mais uma magnífica e inteligente iniciativa... os relvados sintéticos.
Em Novembro foram inaugurados mais dois. Os relvados sintéticos dos Estádios do GD Sobreirense e do ACDR Arneiros.
Como o pessoal tem frio a solução é pô-los a correr... e digam lá se é ou não uma medida inteligente. Em caso de emergência... é usar um cachecol.
Na foto da inauguração adorei os cachecóis verdes. O Tomé Borges é que está com cara de poucos amigos e não tem cachecol. Será um sinal de dissidência? Ou será que acha o dinheiro mal empregue? Depressa se vai habituar.
Recorde-se, que a Câmara Municipal financiou já outros 4 equipamentos semelhantes nos campos de futebol do Freira SC, FC S. Pedro, SCU Campelense e GDRC Casalinhense. Uma aposta para continuar no futuro! (dizem eles).
É uma verdadeira obra de descentralização. Não sei é porque continuam a insistir em fazer deslocar à Física semanalmente mais de 3.200 alunos de todo o concelho, que perdem tempo de aulas em transportes para virem a Torres andar de patins e dar dois pinotes, num programa onde os transtornos são claramente superiores aos ganhos, sem desenvolver a prática fisico-motora nas próprias escolas ou Associações locais.
Que raio de descentralização será esta, com tanto equipamento desportivo por esse concelho fora?
Então investe-se em pavilhões, sedes de associações e relvados e depois gasta-se em transportes e pagamentos à Física?
Não seria melhor deixarem-se de subsídios encapotados e parar de sacrificar os desgraçados dos miúdos só porque a Física precisa de dinheiro e a Câmara não sabe onde gastar o nosso?

NOTA: Cada relvado custará 50 mil contos e são 12 no total, o que significa que iremos pagar 600 mil contos para o futebol.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Somos pelas tascas: salvem a tasca do Manel

Já ninguém se rala com nada. O património está a desintegrar-se. Já não se encontra um sítio decente para comer uma entremeada, ou umas moelas. Onde se possa atirar as cascas dos tremoços para o chão e fumar definitivos, soprando o fumo para a cara do parceiro. Um sítio onde o design do decor seja os azulejos do género: “Queres fiado? Toma”. Um sítio onde não haja crianças lavadinhas a beber vodkas, nem televisão, nem música, mas sim bêbados.
Enfim... uma Tasca.
Este valioso património cultural e gastronómico está em declínio. Salvemos as Tascas de Torres Vedras. Juntemos as mãos num movimento cívico de defesa das Tascas.
A tasca do Manel deve ser salva. Não permitiremos que desapareça este recanto da história torriense. Exigimos, para já, a atribuição de interesse público (como outras bem conhecidas casa de pasto, que assim construíram em zonas destinadas a equipamentos). Deve também ter isenção de vistorias da saúde pública e dos fiscais camarários, pois a higiene só estraga. Vamos pugnar ainda pela elaboração de um plano de pormenor na zona, para evitar operadores de buldozer distraídos. E não esquecer os incentivos fiscais e subsídios comunitários, pois a tasca do Manel não é menos que as empresas pecuárias da região. Ali se criam também umas ricas peruas.
Defendamos este monumento vivo e o seu típico frontispício com a bela obra de arte do papagaio a dizer “Já tou cos copos”.
Em resumo, todos à manif pela tasca do Manel.

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