segunda-feira, setembro 25, 2006

Se o senhor doutor não se importa volto cá mais tarde


Este Governo continua a sua verborreia legislativa. Todas as madrugadas José Sócrates telefona a cada Ministro para saber qual é a lei que sai. Não é preciso que resolva qualquer problema, nem que faça qualquer reforma, o que é preciso é ter uma medida em cada dia. Não se sabe que modelos têm os ministérios, ou que linhas são seguidas. A vertigem está de tal maneira que já se passam as barreiras do bom senso. Na saúde as coisas atingem já o nível da demência. As anunciadas taxas moderadoras para as cirurgias e internamentos com o intuito de “moderar” a procura destes serviços, poderia ser uma boa piada de taberna, não fosse eu próprio ter ouvido o Ministro a dizê-lo.
O homem estava tão atrapalhado nesse dia para apresentar uma medida que disse o que primeiro lhe veio à cabeça, já que não há muito mais para destruir na saúde. Agora poupar mais, só mesmo começando a matar as pessoas. Estou mesmo a ver a cena do desgraçado a entrar na sala de operações e desistir, porque afinal a apendicite aguda não é assim tão má e há que moderar a procura. Como se as pessoas pudessem ter escolha.
Este infeliz pensamento do Ministro da Saúde é a prova de como uma pessoa tida como sabedora e competente numa determinada área, pode ficar transformada (ou transtornada) quando incluída numa bando de tecnocratas geridos por um engenheiro civil.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Vereador PSD responde: Campos relvados não são coisa pacífica

Recebemos uma amável carta do vereador do PSD na autarquia torriense, Luis Carlos Lopes, lembrando-nos que a posição deste partido foi crítica em relação ao assunto "campos relvados". Como aqui criticámos este grupo político por passividade, damos agora a mão à plamatória e publicamos o esclarecimento do vereador, que achamos muito interessante, especialmente o ponto 6, que vem reforçar a nossa posição de que o estado de caos nas estruturas educativas do 1º ciclo em Torres Vedras tem a ver com incompetência e falta de planeamento do PS e não com a falta de verbas.

"Caro Sizandro

Foi com prazer que reparei hoje , num conjunto de posts "publicados" no blog durante este ultimo mês.
Não posso todavia de comentar o post relativo aos campos relvados.
No mesmo e tendo por base o artigo do Badaladas são feitos considerandos sobre a postura de toda a oposição incluindo-me a mim próprio durante a reuniãoo de Câmara pública de 22/08/2005.
Mesmo supondo não ter o prazer de o conhecer sinto-me na obrigação de lhe dar os seguintes esclarecimentos:

1- Durante o mandato anterior eu próprio e o PSD manifestámos a nossa objecção no que respeita ao processo "campos relvados". Por tal facto, mesmo entre a massa eletoral nossa apoiante fomos objecto de variadas criticas.
Em vários momentos votámos contra e inclusivê "obrigámos" a que o processo tivesse de ser discutido em A. Municipal.

2- Todavia tomada a decisão pelo PS na CMTV (e ratificada na AM) da instalação de 12 campos relvados ( 6 em 2005 e 6 em 2006) com uma determinada ordenação de campos / clubes foram geradas expectativas ( mesmo que não concordassemos com o processo ) que devem ser cumpridas. Se tal não ocorrer estaremos a pactuar com situações de mero eleitoralismo e utilização do dinheiro publico para execução de obra nos momentos determinantes dos ciclos eleitorais.

3- Foi nesse sentido a nossa intervenção na reunião de Câmara

4- A comunicação social , necessáriamente livre, reproduz apenas fragmentos das intervenções, que sendo citadas fora do contexto dão ideias nem sempre fidedignas da intenção dos intervenientes. Sempre foi assim e sempre será. É uma inevitabilidade.

5- Tal como o Sizandro sou muito mais sensivel ao problema das escolas do 1º Ciclo.Acho igualmnte lamentavel a falta de investimento ao longo dos anos. Falo como autarca e como pai de um aluno do 4º ano da escola da Conquinha.
Poderá constatar tal facto se ler a minha crónica escrita a 22/08 e publicada a 24/08 no
Frente Oeste.

6- Infelizmente a falta de obra em Torres Vedras ou o seu atraso, continua a não ser causada por falta de verbas. Ainda este ano o orçamento da CMTV é da ordem dos 45 milhoes de Euro. Multiplos outros factores são geradores dos atrasos.

Na certeza que o Sizandro continuará o seu serviço publico , aqui ficam os meus melhores cumprimentos.

Luis Carlos Lopes"

quarta-feira, setembro 06, 2006

Variante Poente: o paradigma da propaganda e dos prazos não cumpridos

As obras da segunda parte da Variante Poente à cidade de Torres Vedras deveriam estar terminadas, mas o estado da coisa é o que se vê.
Quando foi colocado um estrondoso cartaz anunciando a obra, por coincidência a oito dias antes das eleições autárquicas, os torrienses ficaram espantados. Não só pelo facto de se tratar de uma manobra eleitoral descarada com dinheiros públicos, mas também por lá dizer que a via estava pronta num ano.
Quanto aos aspectos propagandísticos, já estamos habituados... quem não se recorda dos muitos cartazes anunciando obras prometidas espalhados pelo concelho em vésperas de eleições... mas quanto ao prazo de construção, aí, toda a gente estranhou, porque nunca se viu uma obra daquelas, com 1,8 quilómetros ser feita num só ano. Temos uma longa tradição de não cumprir prazos.
E a verdade é que estamos no prazo anunciado e agora a desculpa foi o deslizamento de terras, pois o Inverno foi muito rigoroso. OK, a gente finge que acredita porque gostamos de fazer figura de otários. Mas era óbvio que não havia tempo e agora desulpam-se com a cena da chuva. Até parece que no Inverno faz sol e que as encostas não escorregam. Enfim... planificação à portuguesa.
Agora o nosso presidente Carlos Miguel diz que vai dar mais uns meses... só esperamos que não chova outra vez e a coisa venha a derrapar de vez. Porque isto de derrapagens das vias poentes é uma chatisse. Quem não se lembra dos famosos “trabalhos a mais” para construir a primeira parte da via poente? Custaram quase tanto com a via em si e parece que tudo aconteceu por falta de planeamento. Dizem que foi por isso que ficou a meio.
Por isso, o que todos agora desejamos é que a segunda parte da via poente não “derrape” mais e, já que não acaba no prazo (já estamos habituados), pelo menos que custe só o que está orçamentado (2.316.556,63 euros). Estamos no Verão e agora não chove para derrapagens dessas.

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