segunda-feira, setembro 25, 2006

Se o senhor doutor não se importa volto cá mais tarde


Este Governo continua a sua verborreia legislativa. Todas as madrugadas José Sócrates telefona a cada Ministro para saber qual é a lei que sai. Não é preciso que resolva qualquer problema, nem que faça qualquer reforma, o que é preciso é ter uma medida em cada dia. Não se sabe que modelos têm os ministérios, ou que linhas são seguidas. A vertigem está de tal maneira que já se passam as barreiras do bom senso. Na saúde as coisas atingem já o nível da demência. As anunciadas taxas moderadoras para as cirurgias e internamentos com o intuito de “moderar” a procura destes serviços, poderia ser uma boa piada de taberna, não fosse eu próprio ter ouvido o Ministro a dizê-lo.
O homem estava tão atrapalhado nesse dia para apresentar uma medida que disse o que primeiro lhe veio à cabeça, já que não há muito mais para destruir na saúde. Agora poupar mais, só mesmo começando a matar as pessoas. Estou mesmo a ver a cena do desgraçado a entrar na sala de operações e desistir, porque afinal a apendicite aguda não é assim tão má e há que moderar a procura. Como se as pessoas pudessem ter escolha.
Este infeliz pensamento do Ministro da Saúde é a prova de como uma pessoa tida como sabedora e competente numa determinada área, pode ficar transformada (ou transtornada) quando incluída numa bando de tecnocratas geridos por um engenheiro civil.

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