domingo, setembro 25, 2005

Autárquicas em Torres Vedras (I): A descendência da rosa

Para falar de autárquicas em Torres Vedras, convém perceber um pouco da história do poder local. O PS governa este concelho desde que há eleições, numa espécie de sucessão dinástica. Há cerca de 30 anos Alberto Avelino ganhou as eleições pelo PS. Passados uns anos, a meio de um mandato, foi embora para a Assembleia da República, ascendendo ao cargo o seu nº2 José Augusto de Carvalho. No mandato seguinte José Augusto foi a votos e ganhou. Mas José também foi embora a meio de um mandato, para Secretário de Estado, deixando na sua cadeira Jacinto Leandro o número dois. O PS percebeu que desta forma o seu candidato começava a campanha dois anos mais cedo e não tinha problemas em ser reconhecido pelo eleitorado. Mesmo assim Leandro, quando foi a votos da última vez, ganhou apenas por 71 votos... sim 71. Mas para cumprir a tradição lá saiu ele também a meio do mandato, desta vez para o sector privado onde exerce, mas depois de pedir a reformazinha de autarca (porque este pessoal está o tempo suficiente para pedir logo a reforma), deixando no seu lugar o número dois: Carlos Miguel. Assim, Torres Vedras é governada há dois anos por um homem que não foi a votos e tem na oposição um homem do PSD que foi a votos e ficou a 71 de se sentar na cadeira (em 53 mil eleitores). Confusos? Nada mal para um partido que se diz republicano.
Portanto nas próximas eleições os torrienses devem preocupar-se mais em saber afinal quem é o nº2 na lista de Carlos Miguel. Porque mais tarde ou mais cedo, quando não estivermos a olhar, “Zás” ele lá estará na cadeira... se o PS ganhar.

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