domingo, dezembro 31, 2006
Prendinhas de Natal para Torres Vedras
O mono gigante a quem chamam a maior marioneta do mundo, vulgo “Pai Natal”, custou ao dinheiro dos contribuintes a módica quantia de 170 mil Euros. Isto enquanto em escolas do 1º ciclo de Torres Vedras, vendem-se rifas para poder haver tinteiros nas impressoras.
Ficámos também a saber que a pista de gelo de Torres Vedras custou 45 mil euros e que cada vez que trabalha tem que ter um gerador que custa de aluguer 20 mil euros (suponho que por temporada natalícia). Mas ao que parece as entradas cobrem a despesa. A autarquia está contente. O povo também. Viva o Natal e o Torres on Ice. Mas já que falamos de contas e que tal conhecermos as contas da Promotorres?
Outra questão: a autarquia agora faz negócio de divertimentos? E que tal comprar um carrocel e carrinhos de choque? Podíamos ter divertimentos no Verão e no Inverno. O vereador Galvão cobrava as entradas e o presidente Carlos Miguel vendia bifanas e cachorros. Com tanto jeito para os negócios, a autarquia poderia até ter lucros fabulosos, de tal maneira que daria para pagar o Pai Natal e, quem sabe, os trabalhos a mais da variante poente.... sim... os trabalhos a mais... ou julgam que tanto tempo a mais e tanta obra para amparar o monte do Varatojo, vão ser pagos por quem? Por isso... patinem...patinem...
Ficámos também a saber que a pista de gelo de Torres Vedras custou 45 mil euros e que cada vez que trabalha tem que ter um gerador que custa de aluguer 20 mil euros (suponho que por temporada natalícia). Mas ao que parece as entradas cobrem a despesa. A autarquia está contente. O povo também. Viva o Natal e o Torres on Ice. Mas já que falamos de contas e que tal conhecermos as contas da Promotorres?
Outra questão: a autarquia agora faz negócio de divertimentos? E que tal comprar um carrocel e carrinhos de choque? Podíamos ter divertimentos no Verão e no Inverno. O vereador Galvão cobrava as entradas e o presidente Carlos Miguel vendia bifanas e cachorros. Com tanto jeito para os negócios, a autarquia poderia até ter lucros fabulosos, de tal maneira que daria para pagar o Pai Natal e, quem sabe, os trabalhos a mais da variante poente.... sim... os trabalhos a mais... ou julgam que tanto tempo a mais e tanta obra para amparar o monte do Varatojo, vão ser pagos por quem? Por isso... patinem...patinem...
sábado, dezembro 16, 2006
Um piada chamada PDM de Torres Vedras
Na verdade este resultado é bem esclarecedor quanto às questões de fundo no domínio das opções de ordenamento do território, que tem norteado as sucessivas gestões da Coisa Pública do concelho. A coberto do estatuto/figura de "Zonas Turísticas" estavam preparadas umas dezenas de urbanizações encapotadas, nessas Quintas e Quintarolas do concelho, com a benção de muitos e sequiosos ex-dirigentes e actuais manda-chuvas do Partido Sanguessuga local. Uma verdadeira "rede" (para não lhe chamar outra coisa começada por m ... e acabada em a)de interesses montada em benefício, claro está, do "desenvolvimento local", com umas ajudinhas de alguns técnicos do Município e inúmeras propostas do Tony Lanudo, todos interessados, claro está, em apoiar o nosso "atrofiado" Turismo Regional. Valha-nos, e justiça seja feita, a acção do ex-vereador Pistachini Calhau, que muito habilmente ajudou a desmontar esta e outras "jogadas". É claro que a Comissão de Avaliação Governamental (ou lá como isso se chama ...) também ajudou a chumbar muitos destes disparates, manhas e "chico-espertezas". Parece que ficaram espantados com tanta "gula" e machadadas aos princípios básicos e senso-comum nas questões de ordenamento. Aliás, alguém que me desminta se puder, as versões PDM de Torres Vedras constituem já um study-case no seio desta Comissão e um exemplo ao mais alto nível do que não se deve propor e fazer, sendo apresentado entre "especialistas" como um verdadeiro e genuíno monumento, com distinção nacional, da capacidade de distorcer, ludibriar, inverter e inventar novos processos de ordenar o território, ao serviço do "interesse público". Parece que sempre que se fala no PDM de Torres Vedras, um certo esgar sorridente, com tonalidades amarelo-sarcásticas, se instala entre técnicos dos organismos do Estado. Ou seja, se existe recorde do Guiness que poderíamos bater facilmente (em resposta ao desafio do leitor que escreveu sobre o Pai Natal gigante - olhe lá, ele deve é ter uma fomeca e vontade de se pôr a milhas daqui que fica com aquela cara) seria este: habilidades e técnicas revolucionárias de fazer PDM's. Podíamos até exportar a nosso Know-How neste área de conhecimento. E até temos uma ou duas mãos cheias de especialistas prontinhos a trabalhar ...Espero que este contributo tenha sido útil e motivador para alguma resposta. Bem hajam e levem lá uma sopinha ao Pai Natal da Avenida (metam-no na lista de apoio diário domiciliário da misericórdia local ...)
Assinado: Uma regressada Ave do Sizandro (que não é do PSD ou de qualquer outro partido, mas aprecia e sabe valorizar a acção de verdadeiros patriotas, que colocam o interesse público e a defesa da nossa paisagem - única e preciosa - antes dos interesses privados de construtores, promotores imobiliários, agentes políticos que dão acessoria "gratuita" e vendedores de caras e rabos de bacalhau)
Assinado: Uma regressada Ave do Sizandro (que não é do PSD ou de qualquer outro partido, mas aprecia e sabe valorizar a acção de verdadeiros patriotas, que colocam o interesse público e a defesa da nossa paisagem - única e preciosa - antes dos interesses privados de construtores, promotores imobiliários, agentes políticos que dão acessoria "gratuita" e vendedores de caras e rabos de bacalhau)
sexta-feira, dezembro 15, 2006
SONDAGEM 2: O PDM quer é mais áreas turísticas
Após o estrondoso sucesso da sondagem nº1 do Sizandro que elegeu o Prédio Cor-de-Rosa como símbolo de marca para Torres Vedras, eis que se repete mais um êxito com a sondagem sobre “Quando será aprovado o PDM de Torres Vedras?”. Depois de uma luta renhida entre a resposta “Quando conseguirem meter mais umas zonas turísticas” e “Quando o meu quintal for área urbana”, os cerca de 300 leitores votantes elegeram a primeira, consagrando assim a velha máxima torriense de esticar ao máximo o elástico e tentar urbanizar a coberto das mais variadas artimanhas, como as chamadas “zonas turísticas”.
A votação dos leitores, não deixa margem para dúvida: afinal nem todos os torrienses são otários e, por muito esforço que grande parte da classe política faça para ludibriar a populaça, acabam sempre por aparecer uns que não gostam de ser tomados por parvos.
Seria melhor que o PDM fosse realista e honesto, mas aprovado, do que continuarmos nesta tentativa desesperada de fazer um PDM à medida de alguns amigos, mas que nunca mais passa.
O povo votou, está votado.
A votação dos leitores, não deixa margem para dúvida: afinal nem todos os torrienses são otários e, por muito esforço que grande parte da classe política faça para ludibriar a populaça, acabam sempre por aparecer uns que não gostam de ser tomados por parvos.
Seria melhor que o PDM fosse realista e honesto, mas aprovado, do que continuarmos nesta tentativa desesperada de fazer um PDM à medida de alguns amigos, mas que nunca mais passa.
O povo votou, está votado.
domingo, dezembro 10, 2006
Torres on Ice
Segundo ouvi, o pressuposto é que a pista se pague a ela própria. Se isso for assim não vejo grande problema. Se for assim, porque nestas histórias geladas ... Agora, confesso, Pai Natal pago pela CMTV para concursos do Guiness é que custa muito a engolir (apesar de muito bem executado) ... Tendo em conta as carências descritas e outras mais, miseráveis e mesquinhas. Sr. Vereador Luis Carlos, é capaz de nos informar (já agora, para quando um blogue seu ou da oposição, com notícias, fotos, vídeos, propostas, fóruns? Não custa muito e bem divulgado tem grande eficácia. E assim não tínhamos de gramar a nossa informação escrita local caquéctica e comprometida). Quanto é que a Associação dos Comerciantes ACIRO pagou para a Festa? Porque isto foi feito para atrair gente para o comércio tradicional, não foi? Os pedinchas dos comerciantes da praça estão sempre à espera que a CMTV pague a factura toda! Ou isto não passa de mais um dos folclores Torrenses tão ao gosto do provincianismo local? Ou será uma moda regional com origem lá para o lado de Óbidos, que resolveu besuntar o castelinho de chocolate, para ganhar visibilidade nacional! E não é que os média gostam e o povão também. Resta saber que mais valias de substância trazem,mas isso é outra coisa. Talvez Óbidos até se possa dar a esses luxos, tendo em conta o lastro histórico que já dispõem e a notoriedade já consolidada. Agora Torres Vedras quer passar que imagem para fora, para além do Carnaval? O que podemos potenciar, reforçando os valores/património locais e, ao mesmo tempo, criando energias/sinergias de mobilização das pessoas em torno da sua identidade, melhorando a auto-estima e conhecimento da sua realidade? Não é concerteza com Pais Natais que isso acontece! Elementos ligados à nossa rica história e pré-história local ou às actividades agrícolas seriam decerto muito importantes. Com um bocadinho de imaginação ... E se não tiverem, peçam ajuda que várias cabeças pensam melhor ... Já imaginaram se em vez de um Pai Natal (que funciona sempre, é claro) se pegássemos na história real que nos bateu à porta, com franceses e ingleses em animadas pelejas. Uma reconstituição de uma batalha, de uma tomada de um forte, com malta local a participar e envolvendo as sociedades históricas inglesas e portuguesas? Isto é só uma ideia, porque com o material histórico que temos é possível acrescentar várias outras.
Proponho um concurso de ideias aqui no Sizandro, para esta cidade bater mais uns recordes (assim já aparece mais vezes na TV, né) ... Primeira sugestão: uma macaco gigante, vestido de Pai Natal, que desse grandes gargalhadas de cada vez que se aproximasse um indígena com ideias de se colocar em bicos de pé para chamar a atenção do país. Apesar do bom serviço do Sizandro, sugiro um convite online a um maior número de personagens pensantes da terrinha, para animar isto e criar um verdadeiro e livre fórum de debate e reflexão ... Não será difícil arranjar os mail´s da intelligentia autóctone, capaz de escrever umas coisas com pés e cabeça, convidando-os a participarem ... Bem é só uma ideia cheia de vontade em criar um verdadeiro debate, nesta cidade e concelho cinzento, medroso e bafiento no que diz respeito a debate democrático. Ah! se as oposições se espevitassem um pouco mais ... Peço desculpa, mas hoje estou com vontade de cidadanear um pouco. Não é que os estímulos sejam muitos nesta terrinha, mas às vezes bate um pouco mais forte. Saudações natalícias. E o Pai Natal Gigante não faz o pino? E depois cai-lhe a carapuça? O que é que ele pensará durante a noite ali sozinho, E mija? O polícia fala com ele e conforta-o? Tem frio? É que às vezes passo por lá e parece-me um pouco deprimido,com um ar abatido. E quando tem comichão no prepúcio, tem lá uma tecla para isso? Vou para a cama angustiado com isto ...
Proponho um concurso de ideias aqui no Sizandro, para esta cidade bater mais uns recordes (assim já aparece mais vezes na TV, né) ... Primeira sugestão: uma macaco gigante, vestido de Pai Natal, que desse grandes gargalhadas de cada vez que se aproximasse um indígena com ideias de se colocar em bicos de pé para chamar a atenção do país. Apesar do bom serviço do Sizandro, sugiro um convite online a um maior número de personagens pensantes da terrinha, para animar isto e criar um verdadeiro e livre fórum de debate e reflexão ... Não será difícil arranjar os mail´s da intelligentia autóctone, capaz de escrever umas coisas com pés e cabeça, convidando-os a participarem ... Bem é só uma ideia cheia de vontade em criar um verdadeiro debate, nesta cidade e concelho cinzento, medroso e bafiento no que diz respeito a debate democrático. Ah! se as oposições se espevitassem um pouco mais ... Peço desculpa, mas hoje estou com vontade de cidadanear um pouco. Não é que os estímulos sejam muitos nesta terrinha, mas às vezes bate um pouco mais forte. Saudações natalícias. E o Pai Natal Gigante não faz o pino? E depois cai-lhe a carapuça? O que é que ele pensará durante a noite ali sozinho, E mija? O polícia fala com ele e conforta-o? Tem frio? É que às vezes passo por lá e parece-me um pouco deprimido,com um ar abatido. E quando tem comichão no prepúcio, tem lá uma tecla para isso? Vou para a cama angustiado com isto ...
Desabafos de leitor anónimo
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Torres no Gelo
Enquanto continuam congeladas obras estruturais para o desenvolvimento de Torres Vedras, como as escolas da carta educativa, as piscinas municipais, o complexo desportivo, a zona histórica, o Choupal, o Castro do Zambujal, a variante poente... eis que a autarquia continua na senda de dar circo ao povo. Desta vez adquiriu uma pista de gelo. Coisa necessária e importante. Um outro investimento muito prioritário foi o do Pai Natal gigante que, ao que parece, vai para o Guiness. Ou seja, enquanto falta dinheiro nas escolas primárias para o papel higiénico, fotocópias e aquecimento, vai-se entretendo o povo. É mesmo de gelar...
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Escola a tempo inteiro, família a meio tempo
A escola é agora chamada a responder a questões que lhe são alheias, mas que a sociedade criou e não resolve, como a teoria da escola a tempo inteiro, para os pais poderem trabalhar. Ou seja, uma via para permitir o funcionamento do mercado de trabalho, mas que não compete à escola fazê-lo. Concordo com o princípio que a escola pode promover repostas extra-curriculares onde as famílias não necessitem de pagar para os filhos terem acesso a experiências, que de outra forma nunca teriam. Mas para isso é necessário salvaguardar o fundamento da escola e não o fazer à custa daquilo que a escola tem por missão e que é: ensinar. Embuido de um espírito neo-liberal grotesco, o nosso Ministério da Educação apresenta como a sua grande reforma o prolongamento do horário escolar. E aqui, mais uma vez, quando os princípios são baixinhos, o resultado é mau.
1- Estão neste momento a gastar-se centenas de milhares de euros em todo o país para pôr de pé um sistema de escola a tempo inteiro, envolvendo profissionais desqualificados e mal pagos, instalações improvisadas e autarcas que nunca cumpriram as suas obrigações de zelar pela escola do 1º Ciclo e que agora parece já terem rios de dinheiro. Mas para o essencial nunca há dinheiro. Aliás nem para foitocópias, nem para papel-higiénico...
2- Através de uma engenharia linguística conseguiu-se que os docentes do 1º Ciclo ficassem com a sua turma mais duas horas por semana, para além das 25, numa actividade chamada “Apoio ao Estudo” que, não sendo considerada tempo lectivo, obriga os sacrificados professores a prolongarem o seu dia de trabalho e, muitas vezes cortarem os dias a meio indo duas vezes à escola, com resultados medíocres e que só promovem o cansaço e a desautorização dos docentes.
3- Fazem-se horários lectivos cortados a meio onde os alunos vão para as actividades extra a meio do dia e depois voltam cansados e agitados, tendo o docente ficado à espera com o horário cortado e sem que lhe paguem essas horas. Isto tem enormes custos na actividade lectiva e na qualidade do ensino, mas parece que ninguém está interessado nisso. Muitas destas actividades são fora da escola em colectividades, envolvendo logísticas e custos brutais para um resultado final mínimo, para afinal encapotar subsídios a associações, em vez de dotar as escolas de meios para o fazer.
4- Muitos alunos ficam das 8h30 até às 17h30 na escola e, por vezes até mais, em caso dos horários duplos, revelando cansaço, desconcentração e menos valorização do essencial da escola a sério, querendo antes a escola a brincar que lhes é oferecida.
5- Os pais, que eventualmente querem ir buscar os filhos mais cedo, não podem, porque em muitos casos as horas lectivas terminam o dia e, portanto, o horário de permanência na escola passa a ser obrigatório sob pena de não terem todas as horas com o professor da turma.
6- Obrigam-se os agrupamentos a um esforço organizativo brutal, descentrando e desgastando a gestão e os docentes daquilo que realmente mereceria o seu empenho e trabalho.
Eu, que até sou pelo prolongamento de horários, nem quero acreditar que isso está neste momento a desgastar e desconcentrar os alunos, os professores e verbas astronómicas, atolando as crianças de actividades a um ritmo alucinante e (pior) a ter consequências negativas na aprendizagem, na qualidade do ensino, na organização e método dos professores e na organização das famílias, que ainda poderiam ter os seus filhos consigo mais cedo. É assim tão difícil a este ME fazer as coisas sem as estragar? Era assim tão difícil implementar as coisas com bom senso, com tempo, de acordo com as dinâmicas e necessidades de cada agrupamento de escolas? Seria assim tão difícil não comprometer os horários e as actividades lectivas? Seria tão difícil respeitar os docentes e o seu trabalho? Não há ninguém que veja que estas palhaçadas não contribuem em nada para a qualidade do ensino nem para a melhoria da formação dos jovens?
1- Estão neste momento a gastar-se centenas de milhares de euros em todo o país para pôr de pé um sistema de escola a tempo inteiro, envolvendo profissionais desqualificados e mal pagos, instalações improvisadas e autarcas que nunca cumpriram as suas obrigações de zelar pela escola do 1º Ciclo e que agora parece já terem rios de dinheiro. Mas para o essencial nunca há dinheiro. Aliás nem para foitocópias, nem para papel-higiénico...
2- Através de uma engenharia linguística conseguiu-se que os docentes do 1º Ciclo ficassem com a sua turma mais duas horas por semana, para além das 25, numa actividade chamada “Apoio ao Estudo” que, não sendo considerada tempo lectivo, obriga os sacrificados professores a prolongarem o seu dia de trabalho e, muitas vezes cortarem os dias a meio indo duas vezes à escola, com resultados medíocres e que só promovem o cansaço e a desautorização dos docentes.
3- Fazem-se horários lectivos cortados a meio onde os alunos vão para as actividades extra a meio do dia e depois voltam cansados e agitados, tendo o docente ficado à espera com o horário cortado e sem que lhe paguem essas horas. Isto tem enormes custos na actividade lectiva e na qualidade do ensino, mas parece que ninguém está interessado nisso. Muitas destas actividades são fora da escola em colectividades, envolvendo logísticas e custos brutais para um resultado final mínimo, para afinal encapotar subsídios a associações, em vez de dotar as escolas de meios para o fazer.
4- Muitos alunos ficam das 8h30 até às 17h30 na escola e, por vezes até mais, em caso dos horários duplos, revelando cansaço, desconcentração e menos valorização do essencial da escola a sério, querendo antes a escola a brincar que lhes é oferecida.
5- Os pais, que eventualmente querem ir buscar os filhos mais cedo, não podem, porque em muitos casos as horas lectivas terminam o dia e, portanto, o horário de permanência na escola passa a ser obrigatório sob pena de não terem todas as horas com o professor da turma.
6- Obrigam-se os agrupamentos a um esforço organizativo brutal, descentrando e desgastando a gestão e os docentes daquilo que realmente mereceria o seu empenho e trabalho.
Eu, que até sou pelo prolongamento de horários, nem quero acreditar que isso está neste momento a desgastar e desconcentrar os alunos, os professores e verbas astronómicas, atolando as crianças de actividades a um ritmo alucinante e (pior) a ter consequências negativas na aprendizagem, na qualidade do ensino, na organização e método dos professores e na organização das famílias, que ainda poderiam ter os seus filhos consigo mais cedo. É assim tão difícil a este ME fazer as coisas sem as estragar? Era assim tão difícil implementar as coisas com bom senso, com tempo, de acordo com as dinâmicas e necessidades de cada agrupamento de escolas? Seria assim tão difícil não comprometer os horários e as actividades lectivas? Seria tão difícil respeitar os docentes e o seu trabalho? Não há ninguém que veja que estas palhaçadas não contribuem em nada para a qualidade do ensino nem para a melhoria da formação dos jovens?